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Mostrando postagens de julho, 2008

Atrás de uma borboleta azul, por Marina Silva

Marina Silva é professora secundária de História e senadora pelo PT do Acre. Sim, estamos falando da ex-ministra do Meio Ambiente. Seu artigo abaixo é uma delícia, e pode ser ponto-de-partida para falar sobre a floresta na sala de aula, para a garotada que não faz idéia do que a Amazônia representa para quem a conhece. A foto é da Ilha do Marajó, no Pará. Leia reportagem que fiz sobre essa região para a revista Bons Fluídos , em 2006. "Florestas não são apenas estatísticas. Nem apenas objeto de negociações, de disputa política, de teses, de ambições, de pranto. Antes de mais nada, são florestas, um sistema de vida complexo e criativo. Têm cultura, espiritualidade, economia, infra-estrutura, povos, leis, ciência e tecnologia. E uma identidade tão forte que permanece como uma espécie de radar impregnado nas percepções, no olhar, nos sentimentos, por mais longe que se vá, por mais que se aprenda, conheça e admire as coisas do resto do mundo. Vivi no seringal Bagaço, no Acre, até os

Desenhos animados ajudam a trabalhar a educação ambiental

Educomunicação é também fazer a leitura crítica da mídia. E tirar dela reflexões para o dia-a-dia, construindo e aumentando o repertório, também, nos eixos temáticos da educação ambiental. A excelente reportagem Faz-de-Conta de Verdade , publicada na revista Página 22 , convida a pensar sobre a abordagem ambiental dos desenhos animados, do clássico Bambi a Bee Movie (a abelha inteligente da foto). Entre os entrevistados da matéria, uma professora da Eastern Illinois University , Robin Murray, as temáticas ligadas à natureza que aparecem em diversos desenhos são, claro, reflexo de nossa cultura atual, onde a problemática ambiental não sai da mídia. Se passam mensagens positivas e fazem efeito sobre a audiência – a garotada e os adultos, que às vezes gostam mais dos desenhos do que as próprias crianças – há controvérsias. Mas muitos educadores acham positivo provocar uma discussão sobre meio ambiente, especialmente com os pequenos, a partir da audição de um desenho animado na escola.

Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba: olhar sobre as águas

Dividindo as cidades de São Sebastião e Caraguatatuba, no litoral Norte de São Paulo, o rio Juqueriquerê faz parte das ações de educação ambiental da ong Supereco e é mais um dos rios brasileiros que precisam ser tratados com mais carinho e respeito. As fotos são minhas e da pequena Mirellen da Silva Souza, 11 anos, moradora do bairro Porto Novo, na região do Juqueriquerê.

Com vocês, o RAP da Tainha

Para terminar a “cobertura” da Festa da Tainha, aí vai um rap criado pela estudante Mirellen da Silva Souza (na foto), 11 anos, moradora do bairro de Porto Novo, em Caraguatatuba: TUM-TA TUM-TUM-TA TUM-TA TUM-TUM-TA CUIDADO COM A TAINHA ELA É PERIGOSA MAS NA HORA DE COMER ELA É GOSTOSA EU SOU A BIA E VOU TE FALAR PRESERVE O RIO E O MAR EU SOU A MI E É BOM SE LIGAR PRA COMER TAINHA TEM QUE PESCAR E PRA PESCAR TEM QUE PRESERVAR TUM-TA TUM-TUM-TA TUM-TA TUM-TUM-TA

Artesão entrevista apaixonado pelo rio: são moradores da mesma comunidade em Caraguá

Ailton Dias de Menezes, artesão, mora no bairro do Porto Novo, em Caraguatatuba, há cinco anos. Durante o evento Ecoadventur, ele entrevistou Pedro Paes Sobrinho (na foto), 72 anos, um dos moradores mais antigos do rio Juqueriquerê e presidente da Acaju – Associação Caiçara Juqueriquerê, que trabalha pela preervação ambiental do rio. Seu Pedro conhece o rio como ninguém e organiza mutirões de limpeza para recolher quilos e quilos de sujeira que ajudam a poluir suas águas. Seu sonho é conseguir um barco exclusivo para esses mutirões, e também para ficar de olho em quem pratica atividades ilegais como o desmatamento nas margens. “Eu já me 'enganchei' na luta dele, participo de reuniões da Supereco quando eu posso e dou todo o meu apoio ao seu Pedro. Sempre quando vou a praia levo sacolinhas para recolher o lixo e espero que as pessoas façam o mesmo”, comentou Ailton, após o curto papo com o caiçara. Acompanhe: Como era o rio antes do que aconteceu com ele hoje? Antigamente esse

Mirellen, 11 anos: repórter-mirim na cobertura da Festa da Tainha (Caraguatatuba, litoral Norte de SP)

O que uma festa tem a ver com meio ambiente e cultura? É o que a repórter mirim Mirellen da Silva Souza, 11 anos (na foto, de gravador em punho), foi entender durante a realização da Festa da Tainha , em Caraguatatuba. Entrevistando os organizadores e participantes do evento – de artesãos às cozinheiras das barracas especializadas no pescado – Mirellen descobriu, entre tantas outras coisas, que a festa surgiu na beira do rio Juqueriquerê para que os pescadores pudessem valorizar a tainha fazendo pratos como peixe assado, durante alguns dias de julho, época em que é pescada. E descendo o rio de barco pela primeira vez, até o encontro do rio com o mar, Mirellen entendeu porque é preciso preservar o rio. Apesar de desmatado e poluído em diversos trechos, o Juqueriquerê tem grandes áreas de manguezais preservados. É onde peixes como a tainha encontram abrigo para desovar e viver um período de suas festas. Sem rio limpo e sem mangue, observou a menina, não tem tainha, e nem festa... Acompa

Direto do Ecoadventur, em Caraguatatuba (SP)

O Ecoadventur é um evento que mistura feira de artesanato, esportes de aventura e educação ambiental e está sendo realizado em Caraguatatuba. A Supereco é uma ong que atua com educação ambiental e programas de geração de renda no mesmo município – especialmente o projeto Água de Beber, de Comer, de Usar e Conservar... Ciclos Contínuos, e está com um estande no evento. E Laura, a menina da foto, o que tem a ver com tudo isso? Laura Amaral Silva, 14 anos, veio para o Ecoadventure com a mãe, artesã que está expondo seus trabalhos na feira. E gosta muito de escrever. Para saber um pouso sobre o que os visitantes e participantes estão achando do evento, ela entrevistou pessoas e escreveu um texto para o Educom Verde. Achei bacana incluir o que ela escreveu sobre si mesma antes de colocar o que conversou com as pessoas. Num, digamos, “exercício de educomunicação”, faz parte a liberdade de expressão que não existe nos veículos de mídia convencional. “Não quero ser jornalista quando crescer

Cobertura educomunicativa em parceria com a ong Supereco

Aguardem: a partir de hoje (11 de junho) a domingo (13), o Educom Verde vai promover uma ação educomunicativa em Caraguatatuba, no litoral Norte de São Paulo. Junto dos voluntários da ong Supereco , vamos fazer a cobertura de dois eventos que estão agitando a cidade. O Ecoadventur - uma feira com espaço para esportes de aventura, de paredes de escalada a tirolesa - a tradicional Festa da Tainha , vamos apresentar um pouco dos olhares da comunidade caiçara sobre esses eventos~e sobre a sua própria cidade. A ong Supereco atua em Caraguá no projeto Água de Beber, de Comer, de Usar e Conservar... Ciclos Contínuos, promovendo atividades de educação ambiental. A ong mantém estandes nos dois eventos e também vai cobri-los no blog Supereco . Aguardem!

Direito à comunicação, base da educação ambiental

Do Tratado de Educação Ambiental Para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global : "A educação ambiental requer a democratização dos meios de comunicação e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores." Palavras inspiradoras para educadores. E desafiadoras para os jornalistas...

Educação ambiental é um ato político. Feliz ou infelizmente

Você anda desacreditado que a política pode dar certo? Eu também andava, até conhecer a equipe do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA) . Conheci pouco, mas o suficiente para perceber que eles estão escrevendo a história da educação ambiental no Brasil em sua instância mais difícil - mas necessária, que é a política... E eles trabalham, viu? Conseguiram implantar mais de 400 salas verdes - que são espécies de "pontos de cultura sócioambiental", com bibliotecas, computadores e atividades direcionadas para a educação ambiental. Construíram 150 grupos denominados Coletivos Educadores, que reúnem instituições e pessoas em constante processo de formação na área. E alavancaram o uso da educomunicação com foco socioambiental - embora ainda não tenham divulgado o documento da Política de Educomunicação atualizado, fizeram muito em reconhecer a educomunicação também como política... E ainda avançaram na máquina burocrática do governo, mesmo fazend