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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Prece de amazonense em São Paulo

Belíssima a revista Grandes Reportagens - Amazônia que o jornal O Estado de São Paulo ainda vende nas bancas. Para educadores, uma boa fonte de pesquisa sobre o tema que não sai dos jornais: o desmatamento e suas causas, conseqüências e outras conexões. Faz tempo que não leio um material sobre a Amazônia sem ter cara de livro didático ou revista científica... Reproduzo aqui um poema de Milton Hatoum , publicado no Especial. A foto, que tomei a liberdade de reproduzir, é de Dida Sampaio. Quem já foi à Amazônia vai entender a saudade, representada nessas palavras e no pôr-do-sol ao lado... Prece de amazonense em São Paulo Poema inspirado em Carlos Drummond de Andrade Espírito do Amazonas, me ilumina, e sobre o caos desta metrópole, conserva em mim ao menos um fio do que fui na minha infância. Não quero ser pássaro em céu de cinzas nem amargar noites de medo nas marginais de um rio que não renasce. O

Quem ganhou a promoção do Campus Party

O POIE (sigla para professor orientador de informática educativa) paulistano Fábio, do blog EkalaFábio , foi o ganhador da jóia feita com sucata digital da artista plástica Naná Hayne . Adepto do lema "internet para educar", Fábio já postou em seu blog temas de "inspiração ecológica" . Aguarde, no próximo post, um perfil desse dedicado educador. Parabéns, Fábio!

Ambiente urbano: tema de entrevista, proposta de trabalho

Para quem pensa em temas voltados para o meio ambiente como água, aquecimento global e desmatamento, vale a pena abrir a cabeça e ler uma deliciosa entrevista publicada hoje (18 de fevereiro de 2008) no Estadão : a subsecretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e diretora da UN-Hábitat , Anna Tibaijuka, convida à reflexão sobre os desafios sócio-ambientais da cidade. Entre seus comentários, ela afirma que a migração do meio rural para as cidades é irreversível, que as cidades brasileiras têm o maior nível de desigualdade de renda e que "pobreza, desigualdade e crescimento urbano acelerado são, ao mesmo tempo, as causas e conseqüências da violência". A entrevista é um convite a reflexão. Fala-se em assuntos importantes, já citados, como aquecimento global e desmatamento, mas nem sempre esses temas estão conectados à busca de soluções para as grandes cidades - que têm lá o seu peso exercendo pressão sobre os grandes problemas ambientais. Mas nem todo mundo enxerga

Enquete: o que você achou da Campus Party

O que você achou do Campus Party? Que sugestões têm para promover a inclusão social a educação ambiental num evento de grande porte como esse? Escreva um post contando para nós, deixando e-mail para contato, e concorra a um cordão feito com sucata digital pela artista plástica Naná Hayne . O ganhador será divulgado na próxima quarta-feira (17 de fevereiro). Leia sobre o que rolou na cobertura do evento nos sites Planeta Sustentavel , Revista Viração e Revista Nova Escola .

Saldo do Campus Party: inclusão digital tem que ser social

Sentada em um dos 2.800 computadores do Campus Party , encontrei um personagem que resume o significado do evento para algumas pessoas – para outros, não passou de uma confusa vitrine de tecnologia voltada para o entretenimento. Coordenador de um telecentro na periferia de Cuiabá (MS), Anderson “Monstrinho”, 23 anos, veio trocar idéias com outros colegas, assistindo oficinas e, principalmente, conhecendo gente de todo o Brasil que estava interessado em ir além da diversão – formando suas próprias redes sociais onde a tecnologia, a internet, é o veículo principal. Apaixonado por computadores, Anderson é coordenador do Casa Brasil , que trabalha não só a inclusão digital, mas também sócio-cultural. O lugar tem oficinas de informática para ensinar quem nunca mexeu em um computador, mas oferece também rádio web, oficinas de metareciclagem (utilizando lixo digital para produzir jóias, como faz a paulista Naná Hayne e até ensinam percussão com instrumentos saídos do lixo, como latas de

Do lixo digital à arte - Parte 2

Não é preciso ter olhos de artista para enxergar nos restos de um HD de computador uma beleza própria de formas e cores. Ou um emaranhando de fios e componentes que podem ser transformados e ganharem nova função, como no medalhão ao lado. A peça é de Naná Hayne , uma artista plástica que enxerga além da sucata tecnológica e vê oportunidades de transformação em suas obras: colares, anéis, quadros e instalações onde ela utiliza tudo o que existe dentro de um computador. Ela organizou uma oficina com lixo digital no Campus Party. A idéia de usar essas peças começou quando ela arrebentou, sem querer, o cabo de um computador. "Vi aqueles fiozinhos coloridos e fiquei maravilhada", lembra Naná, que se diz adepta do estilo artístico que ela descreve como "vamos olhar em volta para ver o que eu tenho de material para a minha arte - vamos mudar as coisas de lugar". Ex-professora de educação artística para crianças, Naná quer montar um projeto de geração de renda para comunida

Do lixo digital à arte - Parte 1

Você tem um MP3 quebrado, uma impressora encostada por falta de conserto ou baterias antigas de celular? "Mandem para mim, por favor", pede o adolescente Rodrigo Cabral, 17 anos. Personagem encontrado na ala de robótica do Campus Party , o estudante de eletrônica transforma sucata tecnológica em "brinquedos". Em um dos dias do evento, por exemplo, ele criou um carrinho feito com o corpo de cartucho de impressora. Até os fios de suas criações são tiradas do lixo. Desde criança, Rodrigo sempre gostou de montar e desmontar tudo o que fosse eletrônico em casa. Aos 11 anos montou suas primeiras engenhocas. No terceiro ano de um curso técnico no colegial, o jovem conta que até os professores duvidavam que fosse capaz de construir o protótipo de um carro. Fez, em três dias! O carrinho, que aparece na foto, é sucesso nos corredores do Campus Party. Toca música a partir dos restos de um MP3, tem um walk-talkie que ainda funciona e é movido a controle remoto. Sua tecnologia r

Tem gente mudando o mundo com a ajuda da internet

Dá para mudar o mundo com a ajuda da internet? Se depender da professora Josete Zimmer , dá sim. O uso da tecnologia na sala de aula não só ajudou os alunos a dominarem a leitura e a escrita, como está contribuindo para divulgar um projeto ecológico que deu certo. Junto a outros professores de uma escola estadual na zona Oeste de ão Paulo, ela está conseguindo - com o auxílio da rede mundial de computadores - multiplicar uma experiência de mobilização para proteger uma grande área verde que viria abaixo. Josete é professora de educação física e passa pelos Campus Party (o grande evento de tecnologia que está acont ecendo em São Paulo) para trocar idéias com colegas-educadores do mundo virtual. Sua vida profissional mudou depois que ela tomou contato com a internet. Tornou-se professora da sala de informática e passou a auxiliar a escola em um projeto chamado Teófilo na Mata - onde se reuniram a uma ong local para impedir que uma grande área de mata atlântica, vizinha ao colégio, fosse

Educomunicação e a Carta da Terra - em São Paulo

Em tempo: o pessoal do programa Nas Ondas do Rádio (leia o post abaixo sobre a participação deles no Campus Party) vai ensinar um pouco sobre educomunicação para cerca de mil educadores da rede pública de São Paulo. O foco será sócioambiental: estes educadores participam do Projeto Carta da Terra , promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Para quem não conhece, a Carta da Terra é um documento que serve de reflexão - e ponto de partida - para trabalhos sobre meio ambiente que envolvem ética, justiça econômica e social, democracia e uma cultura de paz e não-violência. O papel da educomunicação será o de ajudar esses educadores a transmitir e trocar conhecimento utilizando mídias como o rádio, junto a alunos das escolas públicas. Assim eles poderão mostrar compartilhar a Carta da Terra com as crianças, e de quebra, divulgar esse trabalho junto a comunidade.

Crianças participam de cobertura de evento de tecnologia: isso é educomunicação

Num dos maiores eventos de tecnologia que está acontecendo em São Paulo, o Campus Party , muita gente discute termos como "software livre", "moodle" e outras coisas que provavelmente você não faz a menor idéia do que sejam. Mas uma garotada chama a atenção, por não estarem ligados nas centenas de computadores conectados a internet de alta velocidade... São cerca de 100 alunos de escolas públicas de São Paulo, com idade entre 10 e 14 anos, que participam do programa Nas Ondas do Rádio , um projeto da Prefeitura Municipal de São Paulo onde as crianças aprendem a utilizar o rádio (ou seja, um meio de comunicação) para dinamizar o que eles aprendem na sala de aula. Vieram para exercer uma das tarefas mais difíceis de um jornalista: fazer a cobertura do evento tão grande como esse, com milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo. Difícil, mas uma delícia na opinião da garotada. Mesmo com imprevistos, como um gravador emperrado na hora de uma entrevista com um repórter

Entrevista: a educação ambiental no Uruguai

“ A educação do presente e do amanhã é sem dúvida a educação ambiental”. Essa é a convicção do biólogo e professor do Ensino Médio no Uruguai, Hermán Sorhuet, que também é jornalista especializado em meio ambiente – ele escreve para o jornal El País e foi o responsável pelo primeiro curso de jornalismo ambiental uruguaio. Sua formação permite conectar as áreas de comunicação e educação, e é por isso que ele é ponto focal para o Uruguai da Comissão de Educação e Comunicação (CEC) da União Mundial Para a Natureza (IUCN). Crítico, ele lembra que “o melhor educador ambiental é aquele que tem conhecimentos e experiências para compartir, mas sobretudo tem um compromisso pessoal com o que ensina”. Nessa entrevista exclusiva, o autor fala sobre o tema educação ambiental e faz um resumo sobre as questões ambientais de seu país, que faz fronteira com o Brasil e mesmo assim, é tão desconhecido entre nós. Acompanhe: *** Atención: si quieres leer este material en español, sigue hasta el f

Mudanças Climáticas na mídia: um tema para refletir e trabalhar na escola

Certamente se você presta atenção, percebeu que nos últimos dois anos o tema mudanças climáticas não saiu dos jornais e da TV. Mas você já parou para pensar como a mídia está mostrando esse tema? Essa é a proposta da pesquisa Mudanças Climáticas na Imprensa Brasileira , produzida pela Agência de Notícia dos Direitos da Infância ( Andi ), uma ong que oferece diversos estudos interessantes apontando como a imprensa aborda assuntos que afetam a vida da criança e do adolescente no Brasil. A pesquisa traz uma análise de 50 jornais brasileiros, entre julho/2005 a junho/2007. Nesse período, a equipe de pesquisadores avaliou quase mil matérias, entrevistas, artigos e editoriais sobre a abordagem que essas mídias deram ao aquecimento global, efeito estufa, e temas afins. Uma das conclusões mais interessantes: a abordagem do tema Mudanças Climáticas, na maioria das vezes, é alarmista, salientando as conseqüências negativas do aumento das temperaturas na Terra, por exemplo, deixando de lado