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Mostrando postagens de março, 2007

Reflexão: a natureza está mesmo fora de nós?

O uruguaio Eduardo Galeano é velho conhecido de quem freqüentou os fóruns sociais mundiais de Porto Alegre. Jornalista e escritor (autor de Veias Abertas da América Latina), é um apaixonado pela causa social. Traduzi esse texto de Úselo y Tírelo – El Mundo Visto Desde uma Ecologia latinoamericana (Grupo Editorial Planeta, Buenos Aires, 1994). O livro reúne contos e mini-crônicas, onde ele debate sobre aquilo que nós, educadores (e comunicadores) ambientais, nos deparamos todos os dias: educar para a natureza? Pela natureza? Somos parte dela? Ou estamos realmente tentando trazê-la para a nossa realidade sócio-cultural? É um texto ótimo para discutir em sala de aula, propor redações e, antes de tudo, se emocionar. A natureza está fora de nós Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou desde o Monte Sinai, o Senhor poderia ter agregado mais uma regrinha: “Honrarás a natureza da qual fazes parte”. Mas isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos

Link comentado: Caderno das Águas

Como colocar um livro na internet de uma forma dinâmica e convidativa? A WWF conseguiu, e ainda fazendo educação ambiental: a ong lançou ontem o Caderno das Águas WWF , versão digital do impresso que foi distribuído a escolas, educadores e líderes comunitários, com informações sobre a água. O material é dividido em quatro partes: Mobilização, Criação, Pesquisa e Sensibilização. Em cada capítulo, há sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas, principalmente dentro da escola. A iniciativa das ongs em socializar conteúdos não só informativos, mas programas de capacitação completos (como é o caso do Caderno das Águas), é louvável. Entre tantos motivos para a educação ambiental emperrar está o da falta de comunicação entre os Há ongs e até setores do governo que não querem divulgar suas produções, a não ser para os públicos-alvo de seus programas, geralmente limitados. E pesquisadores com ótimas idéias, com medo de que alguém vá copiá-las e reproduzi-las sem sua autorização. Sou a

Agualândia

Quando fui repórter do Guia 4 Rodas, a primeira coisa que me diziam quando ia visitar uma cidade era: "você precisa ver uma cachoeira que nós temos"... pois este é mesmo o país das águas. Rios, quedas com mais de 100 metros de altura até as mínimas como essa da foto, em São Francisco Xavier (interior de São Paulo). Aqui ela parece não faltar... é quando lembro de uma outra queda, malcheirosa, escorrendo de um degrau de concreto do rio Tietê e penso: ainda é água. Ainda é um rio. Preservar lugares como o dessa foto é importante. Recuperar lugares como o rio Tietê também. Mas é preciso, antes de tudo, ler cada paisagem, seja ela selvagem ou urbana. Uma leitura que exige olhares despojados de qualquer pré-conceito, antes vestida de respeito e amor que cada lugar precisa. Só assim, vamos conseguir preservar. E recuperar.

Link comentado: Muda Clima

Professores perdidos no mar de informação sobre mudanças climáticas encontram um alento no blog de Ricardo Ferrão, que traz uma coletânea de notícias sobre o tema, divulgadas na mídia. Vários tipos de publicações, de vídeos a textos impressos retirados de jornais, até análises de jornalistas sobre o que a imprensa divulga, podem ser o início de boas discussões em sala de aula - dá para trabalhar leitura crítica em cima do que os meios de comunicação andam publicando sobre o tema.

Reflexão sobre mudanças climáticas: como abordar na escola?

Uma das tarefas mais árduas da educação ambiental é ajudar as pessoas a entender a relação entre os problemas ambientais e sua realidade pessoal/local – e é essa aproximação, que depende do conhecimento (e de como ele é comunicado/transmitido) o grande desafio. Mudanças climáticas é o tema mais falado na mídia atualmente: o documentário Uma Verdade Inconveniente, que trata do assunto, há pouco ganhou o Oscar, e o clima já ganhou a capa da revista Veja, matéria no Fantástico... mas será que quem assiste a esses programas ou lê artigos de revistas entende o que realmente está acontecendo? E os educadores, ambientais ou não, o que estão fazendo para comunicar o tema – e assim, ajudar na formação de consciência crítica a respeito? Não há respostas definitivas, pois o assunto é relativamente novo. Mas o educador ambiental Fábio Deboni, consultor-técnico da Coordenação Geral de EA e atuante no Programa Juventude e Meio Ambiente (MMA-MEC), escreveu um belo artigo a respeito no site www.trilha

Ainda sobre violência e educação ambiental

Em outra reportagem sobre o mapa da violência, dessa vez no Estadão (também de 28 de fevereiro), o coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade Federal do Espírito Santo, Cláudio Zanelli, acredita que há realmente "uma associação entre urbanização acelerada e violência".